sexta-feira, julho 01, 2011

Os jornalistas cansaram...

Recebi um e-mail que dizia assim:

"Convidamos todos os colegas jornalistas para um protesto divertido contra a precarização da profissão no desfile do 2 de Julho. Vestidos de mendigos, palhaços, malabaristas, ou simplesmente de jornalistas, vamos informar a sociedade sobre a difícil arte de enfrentar o mercado de trabalho reduzido, desvalorização profissional com os baixos salários, jornadas longas e exaustivas e diversas modalidades assédio moral.
Levem seus cartazes!
2 de julho - concentração às 9h
Saída da Ladeira da Lapinha, onde começa o cortejo."


Faz tempo que não sei o que é esse tipo de jornalismo. Houve investimento, mas pra ser sempre fraco, prefiro ser fraco com certas regalias. Hoje é sexta-feira. Só volto ao trabalho na segunda-feira, às 18 horas.

segunda-feira, novembro 22, 2010

Discurpe

Olá, leitora paulista anônima.

Discurpe!

Vou me dedicar mais a isso aqui. Só preciso de mais tempo. Em muito breve poderá ler mais algum devaneio meu.

Obrigado pela visita, pelos comentários.

Ah, apareça, não mais como anônima.

segunda-feira, maio 31, 2010

Sabe aquela história de preconceito?

Todos nós já sabemos, mas não custa lembrar. RIO/SP é de uma quantidade imensurável de "xenófobos locais", como se fosse necessário passaporte para eles entrarem no nordeste e passar férias onde nós moramos. Pra mim, sinceramente, essa denúncia do programa Legendários (que vi ao vivo na Record) levanta a questão da pluralidade brasileira e da falsidade nacional. Essa aquarela brasileira é mentirosa. Em 8 anos de mandato do presidente Lula, a maior das reclamações do povo carioca/paulista/sulista "médio e alto-ab(e)astado" é sobre a quantidade de recurso destinados à nossa região. Os escravos do país só foram vistos como cidadãos dessa desgraça que dizem que devemos amar agora e, mesmo assim, somos alvos do desprezo e intolerância dos brasileiros de lá.

"As aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá", diria o poeta. E contextualizando a frase, mesmo com toda especulação imobiliária sudestina e sulista em Salvador, por exemplo, as aves ainda gorjeiam... não morrem sufocadas pela poluição produzida pelos progressistas paulistas e nem são abatidas por balas perdidas como no RJ.

Há um cidadão na reportagem que fala em procriação... Pootssss... quanta ignorância! As primeiras favelas do RJ foram construídas a partir de terrenos doados pelo governo nacional depois da 4ª expedição de Canudos (olha eles contra os nordestinos aí, gente!). Os ignorantes soldados brasileiros entenderam como lucidez governamental a ideia de juntá-los num terreno irregular, quase todos pertinho do mar. Ignorantes... e só depois da 4ª expedição, hein...

Canudos, cidade nordestina, brasileira, era uma cidadela. A chamada Cidadela de Deus. Em determinado ponto, deram nome ao morro de Morro da Favela, por conta da planta favela ser dominante na vegetação do local e, por isso, os soldados que acamparam nas proximidades do morro de Canudos (Morro da Favela) deram nome ao pedaço de terra (Morro da Providência, hoje conhecido) dado como gratidão ao que fizeram com os nordestinos. Engraçada é a relação nordestina com todo o Brasil...

Se juntaram aos soldados os negros libertos do regime escravagista da monarquia brasileira, além dos fugidos que nem quiseram saber de porra de alforria nenhuma. Depois da alforria, a anistia. Aceitar anistia era provar que era contraventor, enquanto o Estado violava a humanidade.

Agora me digam, amigos: Quem viu isso na escola? A falsidade nacional reflete na educação de seu povo, "ignorante de nascença" e "reprodutor por desgracença". Ponho a culpa no professor, no político safado e no povo, que mesmo sem ter por onde correr, pode pular o muro da fortaleza do conhecimento; pode comer o fruto da árvore do conhecimento. Mas, já era de se estranhar desde Gênesis. Se o homem não podia conhecer, a reprodução humana disso é tão animalesca que se torna uma máxima do nível de controle a nós atribuído. Não pense, não fale, não compre, não beba... "Pense, fale, compre e beba... leia, vote..."

E Raul (aquele nordestino pioneiro do rockinho nacional) já dizia: "Queria ser burro! Eu sofreria menos". Burro por ser sábio e sábio por não saber ser burro.

Pra puta que pariu, Brasil.

Veja o vídeo:
http://noticias.r7.com/legendarios/elcio-coronato-investiga-discriminacao-de-nordestinos.html

segunda-feira, janeiro 18, 2010

Salário vai, salário vem e o dinheiro não sobra pra ninguém

Depois de causar polêmica por causa dos jegues na Lavagem do Bonfim, o prefeito João Henrique permitiu que durante a festa se articulasse o aumento da tarifa do transporte público de Salvador.

Ora bolas, os homens, por pura inveja, queriam proibir o jegue na lavagem, mas adoram meter no cu do povo, principalmente quando esse está se divertindo. É soda!!!

Ainda não temos a melhor frota, o metrô tá vindo de jegue [não podia perder essa!], a integração não integra porra nenhuma, não há o passe livre, a educação dos funcionários nunca é a melhor, constantes assaltos e o povo que se foda, pois o empresário precisa... hehehehehe...

Isso sem falar que aqueles que não andam de buzu fazem os roteiros das linhas. Porra, na Estação de Transbordo de Mussucity [carinhosamente, Mussurunga!]não tem um ônibus para o Garcia, por exemplo e o único que vai pro subúrbio ferroviário passa por fora, obrigando o passageiro a pagar dois transportes pois a integração não integra porra nenhuma.

Já não bastava os estudante de férias e o povo lavando o Bonfim, a prefeitura, deseducadamente, resolver sujar ainda mais essa cidade.

terça-feira, outubro 20, 2009

A MÚSICA QUE TOCA

"Sensibilidade com a música faz parte do estado de espírito de cada indivíduo"

por Cleber Silva


Há tempos reúno lembranças musicais de minha infância e outras referências atuais que me tocam e despertam a minha sensibilidade no que diz respeito à música e minhas influências, gostos e afins. São músicas que arrepiam e me fazem esquecer de momentos difíceis que fazem a vida ter sentido, além de dar continuidade à mesma.

Você, leitor, deve ter pensado, a partir do título, que vinha um texto sobre técnica ou difusão musical a partir dos veículos de comunicação ou internet. Realmente, as formas de distribuição de música ganharam outras ferramentas com o advento da internet e as redes sociais. Segundo André Stangl, Filósofo e Mestre em Cibercultura pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), a indústria musical perdeu o poder de intermediação e já não é uma barreira de frustração entre o músico e o consumidor: “Ninguém precisa de gravadora para compartilhar o sentimento musical.”

Concordo com Stangl, mas também observo o ponto de vista de quem vive de sua música, principalmente aqueles que conseguem sobreviver mesmo estando à margem de uma indústria que ainda suga o que pode de um mercado falido e administrado por espertalhões que “não largam o osso”, mesmo vendo que a carniça fede muito. Mas, eles são os abutres...

Como o texto não propõe reflexão alguma sobre a difusão musical de forma técnica, me deixe quieto, vuh? Eu vou falar é da música que me toca [lá ele]...

Ainda pivete, muita música ocupava minha casa. Era música de todos os estilos possíveis: de lambada à heavy metal, passando pelo break, reggae e regionalismos. As minhas recordações dessa época infantil começam com Cindy Lauper cantando “Girls Just Wanna Have Fun”. Depois essa mesma música fez parte da trilha sonora de um filme que também marca minha infância: “Os Goonies”. Ainda guri, com muita música em casa, trilhas de novelas e filmes [tudo isso no vinil e no K7], curti muito o Balão Mágico, com “Superfantástico”.

A minha infância foi recheada de música interessante, o que posso dizer que é bem melhor do que a de muito guri por aí que dança com a calcinha enfiado no cu.

Ainda nessa feliz infância [e eu não sabia], eu conheci o Led Zeppellin no disco da novela Top Model, de 1989. Era “Starway to Heaven” e a partir daí o Rock and Roll entrou em minha vida “de com força”. Eu tinha um amigo chamado Marcelo que me apresentou Iron Maiden, Metallica, Black Sabbath, entre outros e a minha lembrança mais musical desse momento era meu pai dizendo que Marcelo era maluco. Ali eu já via o preconceito que eu sofreria com o passar do tempo.

Longe do Rock and Roll [tudo bem, nem tão longe assim], a Tropicália que existia em casa já tinha me mostrado os Novos Baianos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mutantes, mas eu me encantava com o folk de Tracy Chapman. Eu sabia embromar todas as músicas do disco dela. “Baby Can I Hold You”, “Fast Car”, entre outras, foram ouvidas repetidas vezes. Tinha Jimmy Cliff, com “Peace” e Alpha Blondy, com “Apartheid is Nazism”. Também ouvi Cazuza, em “O Tempo Não Pára”, “Codinome Beija-Flor” e “Ideologia”.

Nessa época, os Paralamas do Sucesso já estavam presentes lá em casa e “Melô do Marinheiro” era a minha predileta.

A partir de agora as minhas lembranças não são cronológicas, mas expressam uma coletânea de ritmos que me tocam [lá ele de novo], me emocionam, me arrepiam...

Edson Gomes e Bob Marley são os meus verdadeiros reis do Reggae. Talvez sejam os mesmos para uma pá de gente espalhada por aí. “Samarina”, “Sistema Vampiro”, “Criminalidade”, “Buffalo Soldier”, “No Woman No Cry”, “Redemption Song”, são algumas das músicas desses ícones que marcam muito em minha vida e você, leitor, vai continuar se perguntando quem sou eu para falar das minhas experiências musicais, mas vai ler até o final, pois terá alguma coisa em comum comigo, num claro sinal do “tocar” da música.

Eu já citei os Novos Baianos no texto e acredito que o disco “Acabou Chorare” seja o clássico, pelo menos para mim. “O Mistério do Planeta” é linda; “Swing de Campo Grande”, “A Menina Dança”, “Tinindo Trincando” e “Brasil Pandeiro” são outras que me fazem parar e ouvir música.

Já “Zanzibar”, interpretada por A Cor do Som me faz viajar pelo suingue, pelos arranjos e pela simplicidade.

Quando eu descobri que havia um disco de Carlinhos Brown que estava num livro que lista um bocado de disco que nós temos que ouvir antes de morrer, fui buscar o álbum e descobri “Tour”, que me recordou coisas boas, mas que o preconceito tinha deixado de lado. Eu sabia que já tinha ouvido essa pérola, mas tinha expurgado o sentimento, perdendo uma boa música que só pude recuperar quando a mente esteve mais aberta.

Volto agora aos tempos de pivete em São Cristóvão, bairro da periferia de Salvador. Eu sempre viajava para o interior de Sergipe [Neópolis – terra de bons jogadores de futebol: Dinho e Narciso... Soares, meu primo, chegou a jogar no Confiança] e o toca-fitas tinha Bezerra da Silva e Noite Ilustrada como trilha sonora da viagem. “Jurei não amar ninguém, mas você veio chegando e eu fui chegando também/Daí seu olhar no meu olhar e depois sua mão em minha mão na toalha de mesa de um bar”, nunca saiu de minha mente, assim como “Ê, meu irmão, se liga no que eu vou lhe dizer/Hoje ele pede seu voto/amanhã manda a polícia te prender”.

Continuo guri... Todas as manhãs eu acordava bem cedo e já era obcecado por noticiários [tudo bem, hoje a relevância caiu]. A Rádio Sociedade da Bahia tinha um programa [ainda tem] cuja trilha sonora de background era “Soul Sacrifice”, de Carlos Santana. Véi, essa me arrepia e eu só fui descobrir o nome ouvindo um Ao Vivo dos Paralamas do Sucesso.

Caramba, sei que vou precisar criar outro texto deste, pois sensibilidade com a música faz parte do estado de espírito de cada indivíduo. Vou tentar continuar com mais algumas e a influência do rádio na minha vida.

“Bigmouth Strikes Again”, do The Smiths; “Friday I’m in Love”, do The Cure; “Rock The Casbah”, do The Clash e “Alegria da Cidade”, de Lazzo Matumbi me remetem a uma dança desconexa, mas como um ritual de libertação das amarras cotidianas e de tudo que é coisa ruim que possam colocar no meu caminho.

No palco, quando estou tocando meu baixo com a Ignivomus e quando tocava com a Quatro Tempos, algumas músicas me faziam ter prazer em ser músico. “Slave New World”, do Sepultura é uma delas. “Terra Seca”, que ajudei a arranjar, é excepcional, pelo menos para mim e faz parte do repertório da Ignivomus. Densa, crítica e poética, retrata a condição do sertanejo em busca de soluções que as más vontades e interesses na miséria não deixam resolver.

Quando eu tocava na Quatro Tempos, juntos com os companheiros André Mixarol e Gabriel Rocha, fizemos uma versão em português para “Come Together”, do The Beatles. A música se chamava “Algo Cheira Mal” e dou um doce para quem adivinhar de quem a música falava.

Eu já vi que esse texto terá outros capítulos e já adianto que virão coisas da música pesada que me atraem... e muito!

Finalizo esse com um simples trato sobre o rádio na minha vida. Desde pequeno, a TV era coisa restrita. Minha mãe não me deixava assistir aos programas que não fossem infantis, apesar de eu lembrar de um bocado de novelas “da minha época”. O rádio, sim, era um companheiro e até hoje a minha mãe acorda e a primeira coisa que faz é ligar o rádio. Genildo Lawinsky e Raimundo Varela são as minhas primeiras lembranças na Rádio Sociedade. Alguns outros da época em que a Axé Music nascia e o merengue, o fricote e a música latina eram mais presentes, assim como o Pop e o rock brasileiros, estão na minha memória como os radialistas que fizeram ecoar suas vozes: Josenel Barreto e Urias Nery. O primeiro tinha uma vinheta que só quem não viveu em Salvador, entre os anos 80 e 90, não lembrará. Depois virou vereador e eu não sei se ele sumiu porque eu parei de ouvir rádio com a freqüência que ouvia antes ou se ele decidiu parar com a carreira.

Ultimamente tenho ouvido muito o Devotos, que já conhecia há tempos, mas redescobri com o cd de 20 anos, gravado no Alto José do Pinho, “Subúrbio de Recife, zona norte, urubu”. É impressionante como uma banda considerada punk consegue elevar o nome de uma comunidade carente entregue à violência e não tem o mesmo apelo popular que a música baiana tem. Como o mesmo Cannibal, baixista e vocalista, falou uma vez, o poder de manipulação da massa por parte de uma grande camada do mainstream é utilizado única e exclusivamente para retornos financeiros.

Eu vejo surgir inúmeras bandas de pagode em Salvador e a maioria delas surgidas entre as mazelas, o esgoto a céu aberto, construções amontoadas, criminalidade... Será que o discurso delas precisa ser tão frenético e afrodisíaco? A MPB [Música da Putaria Baiana] não ajuda ninguém. As bandas surgem e ressurgem como formigas brotam do chão e nada de relevante pode ser aproveitado.

Aguardem letras do próximo capítulo sobre a música que toca. Isto é, se você leu mesmo!

Já ia esquecendo que uma música que não falta na minha vida é o Hino do Esporte Clube Vitória. Na verdade, os hinos. Os dois, para mim, são clássicos, assim como as músicas criadas por Chocolate da Bahia, em 1993 e as novas que compositores do anonimato sempre levam pro estádio e levantam a torcida em uníssono pelo nosso clube.

* “Lá ele” é uma expressão muito falada pelos baianos que significa “Em mim, não”;
* Pivete e guri são sinônimos nesse texto;
* “De com força” é uma expressão baiana e no texto significa “pra valer”;
* “Bocado”, no texto, quer dizer “muito”.

sexta-feira, outubro 02, 2009

VOU ME APOSENTAR?

Caramba, faz é tempo que não posto nada por aqui. Estou produzindo algumas coisicas para este final de ano. Putamierda, minhas postagens são anuais...

Tem problema, não, pouca gente lia esta joça!!! Mas, vou manter o respeito àqueles que leem e vou voltar a postar coisas.

Vocês podem me ouvir no meu novo trampo:

www.radioja.ning.com - Tô produzindo alguns programas e em breve haverá muito mais. Procurem no Orkut e Twitter que também deve estar rolando algumas coisas sobre a Rádio Já, que é rádio universitária, mas a instituição insiste em mantê-la nos corredores, onde quase ninguém tem tempo para parar e ouvir a programação, que sofreu reformulação e está bem interessante.

Outras coisas virão! Tem texto novo e uma mudança de endereço para minha mais nova empreitada: entrarei pro mundo literário pela saída do corpo humano... ou seja, pelo cu. entrarei pelo cu do ser humano. Comaçarei por lá minha incursão literária e vocês poderão ler minhas merdas frequentemente. Não se assustem!

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Tô ouvindo muito punk rock: Devotos e Inocentes. Uma volta aos sons de lá do início. Tô ouvindo também Edson Gomes. Desde guri eu ouço na minha tranquilidade do lar. Serve pra pensar mais um pouco. Ah, DigitalDubsoundSystem é ducarái...

domingo, dezembro 28, 2008

"A carne mais barata do mercado é a carne negra!"

Somente uma pessoa tinha lido este texto e eu não queria deixá-lo ir ao ar por conta de discussões que mostrarão os meus amigos racistas. Tenho medo de saber quem são, mas "voa lá"... lá mesmo! Taí, Guga!


Você sempre acreditou no que lhe disseram. Principalmente aquela que acha que é superpoderosa, mas que não passa de algo fútil e totalmente fraco, a meu ver.

Quem dá poder a ela é você que ouve suas mentiras repetidas... e mentira repetida vira verdade...

Disseram a você que existe cabelo bom e cabelo ruim, que meus traços são grosseiros e que o padrão de beleza é "magro e alto", mas que também acolhe os olhos azuis.

De onde vim, muitos foram expulsos. Largaram sua terra pros colonizadores. Deram voltas e voltas na árvore do esquecimento para servirem de escravos (o que hoje chamam de empregados) pelo mundo.

Assim foi com a nossa Salvador. Aproximadamente 3 mil negros, mestiços e assemelhados nesta terra, isso lá depois da "descobrinvasão". Não contentes com as cores predominantes, os chefes desta cidade "importam" seus europeus e os fazem donos da cidade, que logo seriam os opressores do povo que aqui já estava.

Você ainda acredita em tudo que a superpoderosa diz. (?)

Você conhece o Holocausto, mas não conhece a Diáspora. Nem deve conhecer os Malês de Salvador. Exu, para você é diabo e orixá é do mal (Ixiiii... amarra o mal)...

Você acredita tanto no que a superpoderosa lhe diz que chama qualquer manifestação sincrética de macumba, enquanto isso é designação para um antigo instrumento musical de origem africana, parecido com o reco-reco, do qual seu tocador é chamado de macumbeiro. Sabe qual é o problema? Expressões arraigadas da cultura popular que nunca foram desmistificadas.

Mas, é muito bonito dizer que não somos racistas. É tão bonito esse discurso, pois ele vai de encontro com a política de cotas. Mas, é claro: "Pra quê cotas se não somos racistas? Agora eles são os racistas por quererem a separação."

Mas, observe: Você me maltrata até eu não poder mais. Quando dizem a você que você não pode mais fazer isto, você se reserva ao direito de me manter como seu empregado, agora com direitos assegurados pela Lei. Uau! Que incrível! Essa é a chamada alforria! Fantastic!

Mas, por mais que eu trabalhe para você, que, teoricamente, não me humilha mais, continuo à margem de tudo. Continuo seu escrav... ops, empregado e trabalho muito pra pôr comida na mesa, pois eu só trabalho para isto. Eu não posso estudar, nem os meus filhos, pois a sua classe já tomou conta dos espaços e, como num passe de mágica, membros de sua classe construíram instituições de ensino e cobram caro por uma formação.

Fechando os cercos, hein!!!!

E depois vem me dizer que o governo está errado quando repara um erro da sociedade e disponibiliza para mim e para tantos irmãos as cotas na Universidade Pública.

Ah, você paga impostos? E paga mais que eu? Tá reclamando de quê? Você pode, não é? Eu não! Mas, no Brasil é assim mesmo, quem não pode que se foda!


A CARNE - ELZA SOARES


RESPEITEM MEUS CABELOS, BRANCOS - CHICO CÉSAR & PAULINHO MOSKA


HAITI - GILBERTO GIL & MV BILL


O MAIS BELO DOS BELOS






A Revolta do Buzu


2003, 70 min.

Entre o final de agosto e o começo de setembro de 2003, a cidade de Salvador, na Bahia, foi palco de uma onda de protestos estudantis contra o aumento das tarifas dos ônibus urbanos. Milhares de estudantes paralisaram a cidade por diversos dias. Enfrentaram a repressão policial e a tentativa de desmobilização do movimento perpetrada pela grande mídia. O documentário revela que uma das grandes dificuldades do movimento foi a falta de uma liderança que representasse a todos.

Parte das reivindicações foi atendida no quarto dia de mobilização. O movimento cresceu e os estudantes continuaram lutando pela redução da tarifa do ônibus de R$ 1,50 para R$ 1,30. Toda a força daquelas pessoas se resumia em uma só frase: “Essa não é uma luta somente dos estudantes, mas de toda a sociedade”. Iniciada no bairro da Lapa, a mobilização se espalhou por diversos outros locais e durou mais de duas semanas. O preço da passagem não diminuiu, mas esse movimento foi certamente de grande importância para a história e o futuro do movimento estudantil na Bahia.

Sugestões de uso:
Ótimo para discussões do movimento estudantil. Também serve para discussões sobre o movimento social e suas formas de organização.

Ficha técnica:
Data: Agosto de 2003
Direção: Carlos Pronzato
Duração: 70 minutos
Realização: Lamestiza Produções

Contato:
Tel.: (71) 3345-1268
E-mail: lamestiza@zipmail.com.br

A tarifa do buzú sofrerá reajuste?


Foto: Peguei daqui

Segundo matéria do A Tarde On Line, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (SETPS) solicitou aumento da tarifa do transporte coletivo convencional de R$ 2,00 (Dois reais) para R$ 2,45 (Dois reais e quarenta e cinco centavos).

A matéria é de Marjorie Moura e pode ser lida no link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1037014

Transcrevendo a matéria:

Setps solicita aumento de tarifa de ônibus

Marjorie Moura, do A TARDE

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) encaminhou ofício para a prefeitura solicitando reajuste de 22,5% da tarifa de ônibus. Com isso, as passagens passariam de R$ 2 para R$ 2,45.

O secretário municipal de Transportes e Infra-Estrutura, Almir Melo Jr, considerou fora da realidade a reivindicação, mas declarou que analisará as planilhas das empresas de ônibus para definir o índice de reajuste, que será anunciado nos próximos dias.

A última majoração das tarifas foi autorizada em 19 de janeiro de 2007. Na ocasião, houve aplicação do índice de 17,65% (o preço subiu de R$ 1,70 para R$ 2). Se este percentual for concedido, as passagens custarão R$ 2,35.

De acordo com o secretário, a questão deve ser conduzida como política pública e não apenas de forma pontual. Por isso, está se buscando o barateamento da tarifa de todas as maneiras, como a redução do excesso de gratuidades e a negociação para a diminuição do ICMS incidente sobre o óleo diesel com a Secretaria da Fazenda estadual.

Reação do usuários

Ao tomar conhecimento do ofício encaminhado pela prefeitura, A TARDE percorreu pontos de ônibus da capital para saber a opinião dos usuários. A vendedora de planos de saúde Silvana Araújo, 29 anos, considera um absurdo o provável aumento. “É muito ruim ter que pagar mais por um transporte sem qualidade, que está sempre lotado. Pego ônibus quatro vezes por dia e é sempre a mesma coisa. Um serviço péssimo”, reclama.

Para o office-boy Jailson Barreto, 34 anos pela precariedade do transporte de massa oferecido em Salvador, seria um desrespeito aumentar a passagem. “Pego uns seis coletivos por dia. O que a gente vê são carros muito ruins mesmo trafegando por aí. Os coletivos andam lotados e o serviço não melhoria. Ainda por cima essa obra do metrô, que já tem vários anos e não sai”, disse.

Outra passageira que vê com muita contrariedade o possível aumento da tarifa de ônibus é a secretária Solange Souza, 27 anos. “Moro em São Thomé de Paripe e trabalho perto do Iguatemi. Depois ainda vou para a faculdade. Tenho que tomar cinco ônibus por dia. O pior é que os coletivos estão sempre lotados. É muito difícil a vida de quem anda de transporte em Salvador. Não tem conforto nenhum. É uma situação que a gente tem de conviver, porque nada muda”, queixa-se a secretária.

A Secretaria Municipal de Transportes e Infra-Estrutura já admitiu o reajuste, mas com valor menor: R$ 2,20. Essa proposta será levada amanhã para uma reunião com os representantes do SETPS.

No dia 30/12 haverá uma AUDIÊNCIA PÚBLICA para discussão do tema na CÂMARA MUNICIPAL.

A matéria é do jornalista Valmar Hupsel Filho, do A Tarde On Line e pode ser conferida, na íntegra, no link: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1038613

Transcrevendo a matéria:

Prefeitura: ônibus a R$ 2,20

Valmar Hupsel Filho, do A TARDE

O secretário municipal de Transportes e Infra-Estrutura, AlmirMelo Jr, informou na sexta-feira, 26, que vai levar para a reunião com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), na próxima segunda-feira, proposta de reajuste de 10% no valor da tarifa de ônibus, em relação ao preço atual, o que fixaria a passagem em R$ 2,20.

O percentual é menor que a inflação de 11,64% registrada entre janeiro de 2007 e novembro deste ano, período em que a tarifa ficou em R$ 2. “O que a prefeitura determinar, nós vamos cumprir”, comentou na sexta o presidente do Setps, Horácio Brasil, que preferiu tomar conhecimento oficial para opinar sobre o valor do reajuste.

No último dia 23, o sindicato encaminhou ofício para a prefeitura apresentando valor de R$ 2,45, um reajuste de 22,5% na tarifa da passagem de ônibus (10% a mais que a inflação). Brasil justifica que, nos últimos dois anos, houve aumento de 17% no diesel, 9,2% em mão-de-obra, 20% em pneus e 12,5% nas peças e acessórios. “O ideal seria se houvesse reajustes anuais para evitar valores defasados”, disse.

Tanto o secretário quanto o presidente do sindicato defendem que os governos estadual e federal devem subsidiar a passagem de quem tem direito à gratuidade – policiais civis e militares, servidores estaduais e federais da Justiça e dos Correios. “Não queremos que o policial pague a passagem, mas que seu patrão (o governo) pague, como fazem os empresários da iniciativa privada”, disse Brasil.

A iminência do aumento na tarifa de ônibus, no entanto, já movimentou representantes de entidades civis. Está prometida uma manifestação em frente à Câmara Municipal no próximo dia 30, data de realização de uma audiência pública para discutir o tema. “Acamparemos na porta da Câmara”, garantiu o coordenador político da Associação Metropolitana dos Usuários de Transportes (Amut), André Amorim, para quem as planilhas de custos – que fundamentam o valor de cálculo – são “viciadas”.

Ele também critica a ausência de licitação para escolha de empresas de transporte. “O mesmo grupo que está aí há 50 anos lesando a população”, disse. Amorim informou que o Ministério Público vai realizar uma intervenção nas empresas de transporte.


Bom, pessoal, é época de férias escolares e as temidas manifestações entre o final de agosto e início de setembro de 2003, que culminaram na "Revolta do Buzú", também um documentário de Carlos Pronzato (Alguém quer? Peça: lamestiza@zipmail.com.br), poderão ser, definitivamente, esquecidas. Assim deve pensar a prefeitura de Salvador e o SETPS, acreditando no conformismo dos soteropolitanos.

No entanto, justamente por causa das férias escolares, a probabilidade de haver bem menos pessoas nas manifestações marcadas para o dia 30/12 em frente à Câmara Municipal é maior, além de se tratar de uma época na qual muitos cidadãos viajam para longe da capital.

Estratégia montada, a prefeitura e o SETPS devem acreditar piamente que ficaremos parados "pra a ver a banda (podre) passar". Então, está marcada para o dia 30/12, ainda sem horário definido (o que nos permite chegar em horários matutinos), uma manifestação contra o aumento da tarifa e, conseqüentemente, contra a articulação das entidades contra o poder do cidadão.

COMPAREÇAM PELA MANHÃ, DE PREFERÊNCIA!!!!!!!


Essa manifestação foi articulada pela Associação Metropolitana dos Usuários de Transportes, a AMUT, através do seu coordenador político, André Amorim.

"O rock errou"

Começo esse texto com uma afirmação de Lobão, a quem eu acho chato e legal ao mesmo tempo:

O ROCK ERROU

Em meu tempo de rock ainda não vi algo que seja tão liberal e conservador ao mesmo tempo. Uma música que tinha admiradores que berravam insistentemente pela liberdade (o pela libertinagem também, não se acanhe, querido leitor!) e que buscavam cada vez mais muito do que se tem hoje, não vive mais com os anseios de outrora.

A pélvis de Elvis virou a bunda cantada em inúmeras aglomerações de ritmos e desconcertos musicais da Bahia e do Brasil, mas a bunda é feia e Elvis é bonito, né? Que legal! E os Raimundos, pra gente ter o Brasil como exemplo de contradição inversa ou de censura inversamente aplicada. O Raimundos pode cantar toda sua libido e seu machismo, mas as bandas de "aglomerações desconcertadamente musicais" não podem.

É uma mania que o roqueiro tem de achar que tudo é ruim, exceto aquilo que ele gosta! Mas, e os outros gostos? Quem determina o que é certo e errado num mundo globalizado e cheio de nformações e diferenças?

Eu postei ouvindo a Mallu(ca [melo]) Magalhães, na única música que gostei de ouvir do seu álbum: Vanguart.